sábado, 19 de dezembro de 2009

só.

O que sinto aqui dentro tão difícil de explicar.
Não sei, de sentir tanto não sinto nada.
É engraçado que os que me julgam rebelde ou individualista são os mais falsos, ou mais tristes.
Conheço inúmeras pessoas, mas nem uma boa o bastante para suprir este vazio.
Me sinto só.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Falava demais, ouvia pouco.
Falaram então que sabedoria era saber ouvir, e ouvi.
Histórias tão tristes que desejei não saber, então parei de falar com tanta frequencia, é triste ouvir mas, em contavam.
As vezes queremos ajudar, não sabemos como, então dividimos, compartilhamos, choramos.
Me disseram então que sabedoria era passar adiante e dei amor, me preocupei, me magoei.
Decidi ser só, não contar, ouvir e guardar.
(Tenho medo de ser fria.)
Quero dizer, olho nos olhos...
Quero gritar, espelhos d’alma.
Somos seres desconfiados, quando nos conquistam quase que mendigamos atenção, carinho.
Alma com alma, eu peço consolo.
Nem sempre gosto de usar palavras...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Carta de desespero...

As pessoas não entendem que precisamos de tempo, até Deus disse que havia tempo para tudo.
Você quer agilizar o processo!
Não irei virar do avesso ou ser aquilo que não sou.Perdão por te magoar mas, você é tão egoista, pensa só em ti e em seu tempo útil me vem com seus malditos planos que acredita que me favorece.
Tenho tido pessoas ao meu lado que mais pareciam enfeites em minha vida, se sou sem graça sem elas... que pena, essa sou eu.
Eu sempre vivi com navalhas nos pulsos, remédios na bolsa. Eu ainda acreditava, acreditava...
Imaginei que um dia em minha vida surgiria algo que me fizesse feliz o bastante para esquecer quantas pessoas mesquinhas já passaram por mim.
Preciso de um tempo querido, um tempo.
Desculpas por não te alegrar, não ser seu orgulho, estou cansada disso! Não quero agradar ninguém, afinal tenho feito isso a vida inteira, se não consegui ao menos me esforcei, agora estou só...
Você espera que eu seja uma vencedora mas, que diabos é vencer?
Casa, carro, faculdade?
Poxa, pode esperar...
Crescerei, amadurecerei, mesmo que lentamente, distante de seus olhos. Por que quando digo que preciso de espaço, tudo é jogado em minha cara, se acha incrivel...
Preciso de ti bem como precisara de nós.
Estou fortalecendo minhas raizes para que eu não possa quebrar.
Desculpa por não ser seu orgulho...
mas... eu te amo... e gostaria que soubesse o quanto coloca as pessoas para baixo.

*****

Escrevi a muuuuuito tempo para umas das pessoas que mais amo na vida,
amar é conviver, se colocar no lugar, ajudar... amo você, amo muito.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

7

MAIS UMA NOITE DE PERIGOS E POSIBILIDADES.
DE DESEJOS PROIBIDOS QUASE RELIZADOs, QUASE.
POR QUE O ERRADO ME SATISFAZ E NEM SEI MAIS QUEM SOU,
NÃO ESTOU NOS PADRÕES.
DE QUEM ME TIRA A PAZ É QUE ROUBO UM BEIJO,
PRECISAVA SABER SE HAVIA ALGO DOCE.
EU FUI VER MAIS PERTO, DESCOBRIR OS MOTIVOS.
EU PRECISAVA DE RESPOSTAS, ENTENDIMENTO.
EU NAÕ PRECISAVA DE NADA, APENAS ACEITAR.
AS VEZES QUEREMOS IR MAIS ALÉM, SABER MAIS,
SER MAIS, DEIXAR DE SEGUIR ORDENS,
NOS SENTIRMOS COMO DEUSES.
ESTA NOITE EU CRIARIA O MUNDO EM SETE HORAS
vOCÊ SÓ PRECISA DE 7 MINUTOS PARA ME DESTRUIR
E EM SETE SEGUNDOS DESISTO DE MINHAS IDÉIAS.
SE OLHARMOS BEM
NÃO HÁ PERFEIÇÃO.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

.....


Duas opções lhe causam dúvidas.
Duas mulheres lhe benziam.

Ficava entre dois amores.
Vida dupla ela vivia.

Entre dois tempos ela sofria.
A noite sai, entra o dia.

Entre os dois
ela
morria.

sábado, 19 de julho de 2008

Bruxa.


Sou a bruxa com velas nas mãos, promessas não me atraem, sinto aqui ser meu lugar, lágrimas me revelam ainda viva, tudo é feito para quebrar, meu coração também.
Ando só com minha velha vassoura.
Tenho conversado com anjos e vivido em um mundo só meu, e quando apresento a Deus meu plano saio com uma cara triste pelos risos intermináveis.
Não sei se sou clara ou escura demais, minhas cores tem combinado com cada esquina triste onde algumas almas vendem seus corpos.
Sou estranha, fraca demais para um mundo determinado, a que ainda não sei.
Então sinto que estou deprimida, ouvi por aí que falta sexo em minha vida, enquanto uns lábios me beijam, quero voar com minha velha vassoura, e não sinto amor.
Este um dia esteve em minhas mãos e como areia fugiu por entre meus dedos.
Ando lenta, mas com a cabeça jamais abaixada.
Não sei minhas cores...

domingo, 22 de junho de 2008

1

Em noite de lua nova ela nascia, de novidade nem ela como filha, tão pouco a lua, que deveria era mais estar para cheia, se comparado ao estado de sua mãe.
Era a quarta menina e o pai descontente tentou até nascer o tão desejado garoto.
Atenção, palavra desconhecida por ela e esta faltou tanto acabou sendo adotada por seus tios, na verdade a tia iludira com algumas bonecas e uns doces, abóboras de coração.
Uma criança decidir?
O tio a pegava no colo quando o pequeno irmão veio e lhe deu um beijo, aqueles bem molhadinhos e carinhosos de criança, ela via sua casa ficando para trás, os irmãos acenando.
Ela se distraia com o barulho dos carros e de seu lado estava seu primo, o qual sua tia o apresentará como irmão.
Chegando a casa dos tios tudo era bonito, ainda era claro quando com seu primo foi brincar com os com os pequenos vizinhos.A lua começava adeslumbrar no céu sem estrelas daquela cidade, sentiu falta dos irmãos, mas agora sua casa estava longe, em sua ingênuidade pensou que poderia os ver a qualquer momento.
No jantar a comida da tia era gostosa, mas nem se comparava com a de sua mãe e sentia falta das vezes que pegavam uns pinhões escondidos com os irmãos e colocavam debaixo do travesseiro para comerem na madrugada.
E mais uma vez faltou lhe atenção, para uma criança o básico não é o bastante.
Cresceu sentindo se um nada, tudo que fazia era considerado errado para sua atual mãe, freqüentava a igreja não por vontade da bruxa, mas por que lá se sentia bem.
Tornou se catequista aos 12 anos, levava um namoro casto por que se preocupava com suas crianças, eram elas suas forças, não podia decepciona-las.
Sua mãe biológica mudou se para a cidade trazendo a triste notícia de sua separação, não apenas dela com o marido, mas de seus filhos também, cada um em um lugar.
Sua tia por menos a surrava, depois recorriam aos seus santos de barro enquanto a menina com lágrimas nos olhos pedia para que estes dissessem a tia para não judiar de sua nova filha.

(A história não para por aí)